domingo, 3 de fevereiro de 2013

Lições de uma viagem


Chegamos e já gostamos do nosso cantinho
Devidamente instalada em Buenos Aires, posso, enfim, compartilhar minhas experiências com os leitores desse blog. Nada como levar na cabeça para aprender como se faz ou não se faz.

Como já havia dito em posts anteriores, decidi por não levar nada, a não ser roupas e objetos muitos pessoais. E assim foi feito. No final, de uma família de quatro componentes, por mais que tenhamos nos desfeito de muitas coisas e colocado outras tantas no box, ainda restaram sete malas de tamanhos variados, uma frasqueira e três caixas -- duas grandes e uma pequena.  Isso sem contar com os cachorros, que é assunto para outro post.

Bagagens em excesso

E como enviar isso? Fora o fato que precisávamos de um carro grande, tipo uma Fiat Doblo para carregar só as malas, pagamos uma pequena fortuna de excesso. Tinha como escapar disso? Tinha. Se tivéssemos nos preparado mais, poderíamos ter tomado algumas providências, como por exemplo:

- mandar pela carga: nesse caso é preciso enviar a carga com certa antecedência. Fomos à véspera da viagem resolver isso na TAM Cargo e só não conseguimos enviar porque o fiscal da Receita Federal, às 17h, já tinha ido embora e nós, que estávamos na fila desde às 16h, não conseguimos ser atendidos.  

Não existia nenhum pré-atendimento para orientar a fila e avisar que, no caso de encomendas internacionais, o procedimento era diferente. Mas se tivéssemos conseguido enviar tudo pela carga, teríamos que pagar, além do valor da cubagem, mais uns 10% de alfândega para retirar tudo quando chegasse aqui na Argentina.  Mesmo assim pagaríamos uns 40% a menos do que desembolsamos para pagar pelo excesso cobrado no balcão da companhia.

- comprar excesso de carga com antecedência de 72h: chegamos a comprar uma parte, mas como pensávamos em mandar quase tudo pela carga, não compramos suficiente. Ao fazer esse procedimento, paga-se menos pelo excesso.

Enfim, perdemos algumas centenas de reais com a nossa falta de previdência, mas conseguimos embarcar tudo e também não precisamos pagar nenhuma taxa na Polícia Federal por conta de nossos passaportes oficiais, o que não vale para passaportes comuns. Então, se não estiver numa missão oficial, vale se informar a respeito.

Traslados

No mais a viagem foi tranquilíssima. O voo da TAM foi pontualíssimo, mas o serviço de bordo deixou muito a desejar. Um reles sanduíche frio, um bolinho até gostosinho e bebida. Para um voo internacional achei um acinte. Pousamos no Aeroparque, um aeroporto ao estilo do Santos Dumont ou Congonhas. Muito perto de Belgrano e fica apenas a 15 minutos do centro de Buenos Aires, em frente do Rio de la Plata .

Fábio, meu filho, que foi em outro voo da TAM passou por três escalas e uma conexão em Asunción, Paraguay, antes de pousar no aeroporto de Eizeiza, bem mais distante. Já tínhamos contatado um motorista, acostumado a trabalhar para a embaixada brasileira, para espera-lo e leva-lo de lá até Belgrano. Pagamos $100, em pesos. E ele ainda veio tendo aulas de espanhol com o chofer. Valeu muito a pena!

Para quem chega à cidade, é importante que peguem o que eles chamam aqui de Remise dentro do aeroporto, é um Táxi numerado vermelho. Costumam ser mais caros, mas são mais seguros e não terão surpresas com possíveis golpes.

Hospedagem

Como já havia mencionado no post A procura de um teto, optei por alugar um apartamento mobiliado e fiz toda negociação pela internet, diretamente com a proprietária. E tudo estava exatamente como vi nas fotos. A Dona Silvia, a proprietária, nos recebeu muito bem. Mostrou todo funcionamento, adorou nossos salsichas (ela é uma perreira), nos recebeu com medias lunas e andou pela  vizinhança com a gente, indo até o supermercado do bairro, um Carrefour, para fazermos as primeiras compras.

O apartamento é muito bom, luminoso, espaçoso, confortável e fácil de manter. Estamos muito próximos de dois parques lindos. Temos apenas casas muito boas nos rodeando. A primeira impressão que tivemos foi muito boa, apesar do imenso calor que estava fazendo em Buenos Aires. O verão aqui é igualmente rigoroso ao inverno e os argentinos não são fãs de ar condicionados. São o inverso dos recifenses, que por viverem no calor, atocham o ar frio nos ambientes fechados. Assim, os ar condicionados do apartamento, para nós, pareciam não dar vencimento. Dois dias depois, com temperatura mais amena, até dispensamos eles.



O bairro é totalmente residencial, com casas lindas, ruas muito limpas, praças e parques  muito próximos. Em muitas esquinas estão cafés charmosos, restaurantes muito interessantes com preços variados. O apartamento fica há umas três quadras da Avenida del Libertador, uma das principais vias da cidade.
   
Estou muito satisfeita com tudo que vi até o momento! E vamos em frente que ainda tem muita coisa que aprender por aqui.

Hasta la vista! 

6 comentários:

  1. Gostei! Espero que ainda tenham muitas boas surpresas nessa nova temporada! Bjs Luiza

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    1. Valeu! Terá um lugarzinho aqui para quando quiser aparecer!

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  2. Adorei o Ap. Adorei os parques e adorei d. Silvia!

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  3. Arrá, achei vcs! Na última tentativa soube que haviam ido a BA. Assim, pei bufo? Até achei que havia entendido errado. Desejo muitas felicidades a vcs, que tudo dê certo. Abração! PS.: uma dica pra quem já tá no sofá de pé pra cima e controle remoto na mão?

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    1. O Blogger não me deu nenhuma foto... Como quem estou falando? Paulo e Márcia Demby?

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