Fábio no Aeroporque, voltando para o Brasil |
Jantar de despedida |
Uma vida de muitas mudanças como é a minha realmente não favorece os filhos, principalmente quando estão na reta final para entrar no ensino universitário. Relutei bastante em deixa-lo no Brasil, longe dos meus olhos, e o trouxe comigo para que estudasse por aqui porque pensei que seria uma boa experiência. Ledo engano... A grande experiência ele começará a viver agora, por conta própria, em São Paulo, na casa do tio.
Estar numa cidade diferente, tendo que administrar o pouco dinheiro que recebe e sem ter o conforto do pai e da mãe, o obrigará a encontrar seus próprios métodos, fazer suas escolhas. Claro que está tendo a grande ajuda do tio, mas longe do olhar e também da pressão maternal, o movimento passa a ser totalmente de responsabilidade dele. É que mesmo sem querer, acabamos decidindo por nossos filhos e os acomodando.
O vinho escolhido para selar o momento: muy bueno! |
Enquanto estamos segurando pelo selim, eles caem, desequilibram, fazem corpo mole. Quando se veem sós, sem as tais rodinhas, parecem que apuram o foco, seguem em frente, sem olhar para trás porque se caírem, só o chão lhes resta.
Risoto com queijo azul foi o prato escolhido |
Está é a primeira vez que me separo de um dos meus filhos. Para mim, agora, sempre faltará um prato à mesa, alguém para acordar de manhã repetidas vezes, para mandar descer com os cachorros. Faltarão os olhos (lindos!) que reviram quando contrariados. A casa estará um pouco menos bagunçada e sobrará um quarto. Mas essa sensação de vazio aos poucos dará lugar a uma saudade sossegada. Tranquiliza-me saber que ele está conquistando seus objetivos, está crescendo. O principal eu lhe dei e ele levará sempre consigo: a educação, que o tornou a pessoa incrível que é, e o meu amor incondicional.
Vou aguardá-lo nas próximas férias. Até lá, colecionarei lugares e coisas que gostaria de mostrá-lo porque ele pode não está aqui fisicamente, mas sua presença é uma constante em meus pensamentos.
Vou aguardá-lo nas próximas férias. Até lá, colecionarei lugares e coisas que gostaria de mostrá-lo porque ele pode não está aqui fisicamente, mas sua presença é uma constante em meus pensamentos.
Marthica, me emocionei!
ResponderExcluirSaudades de você...
beijos, Karla Queiroz
Saudades de você também, minha querida! Se vier por Buenos Aires fale comigo!! Fico feliz de ter você como minha leitora!
ResponderExcluirMartha, que linda declaração! Chwia de saudades, mas ao mesmo tempo segura da educação legada. Me emocionei até pq um dia, também terei que "soltar o selim" por uma segunda vez.
ResponderExcluirÉ verdade. Essa hora chega para todo mundo. E é bom que chegue. É prova de amadurecimento para os dois lados.
ExcluirQue grande passo para o Fábio! Imagino o que vc está sentindo, Martha! Também estamos passando por isso, pois no final do ano nosso Yvan irá para o Canadá.Na volta, não morará mais conosco, pois tudo correndo de acordo com nossos planos, deverá fazer o terceirão morando com a irmã, em Curitiba. O tempo passa...nossos filhos voam...
ResponderExcluirEu sei. Nossos filhos não são nossos. Nos são emprestados.
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