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Chegamos e já gostamos do nosso cantinho |
Devidamente instalada em Buenos Aires, posso, enfim,
compartilhar minhas experiências com os leitores desse blog. Nada como levar na
cabeça para aprender como se faz ou não se faz.
Como já havia dito em posts anteriores, decidi por não levar
nada, a não ser roupas e objetos muitos pessoais. E assim foi feito. No final,
de uma família de quatro componentes, por mais que tenhamos nos desfeito de
muitas coisas e colocado outras tantas no box, ainda restaram sete malas de
tamanhos variados, uma frasqueira e três caixas -- duas grandes e uma
pequena. Isso sem contar com os
cachorros, que é assunto para outro post.
Bagagens em excesso
E como enviar isso? Fora o fato que precisávamos de um carro
grande, tipo uma Fiat Doblo para carregar só as malas, pagamos uma pequena
fortuna de excesso. Tinha como escapar disso? Tinha. Se tivéssemos nos preparado
mais, poderíamos ter tomado algumas providências, como por exemplo:
- mandar pela carga: nesse caso é preciso enviar a carga com
certa antecedência. Fomos à véspera da viagem resolver isso na TAM Cargo e só
não conseguimos enviar porque o fiscal da Receita Federal, às 17h, já tinha ido
embora e nós, que estávamos na fila desde às 16h, não conseguimos ser atendidos.
Não existia nenhum pré-atendimento para
orientar a fila e avisar que, no caso de encomendas internacionais, o
procedimento era diferente. Mas se tivéssemos conseguido enviar tudo pela carga,
teríamos que pagar, além do valor da cubagem, mais uns 10% de alfândega para
retirar tudo quando chegasse aqui na Argentina. Mesmo assim pagaríamos uns 40% a menos do que desembolsamos para pagar pelo excesso cobrado no balcão da companhia.
- comprar excesso de carga com antecedência de 72h: chegamos
a comprar uma parte, mas como pensávamos em mandar quase tudo pela carga, não
compramos suficiente. Ao fazer esse procedimento, paga-se menos pelo excesso.
Enfim, perdemos algumas centenas de reais com a nossa falta
de previdência, mas conseguimos embarcar tudo e também não precisamos pagar
nenhuma taxa na Polícia Federal por conta de nossos passaportes oficiais, o que
não vale para passaportes comuns. Então, se não estiver numa missão oficial,
vale se informar a respeito.
Traslados
No mais a viagem foi tranquilíssima. O voo da TAM foi
pontualíssimo, mas o serviço de bordo deixou muito a desejar. Um reles
sanduíche frio, um bolinho até gostosinho e bebida. Para um voo internacional
achei um acinte. Pousamos no Aeroparque, um aeroporto ao estilo do Santos
Dumont ou Congonhas. Muito perto de Belgrano e fica apenas a 15 minutos do
centro de Buenos Aires, em frente do Rio de la Plata .
Fábio, meu filho, que foi em outro voo da TAM passou por três
escalas e uma conexão em Asunción, Paraguay, antes de pousar no aeroporto de
Eizeiza, bem mais distante. Já tínhamos contatado um motorista, acostumado a
trabalhar para a embaixada brasileira, para espera-lo e leva-lo de lá até
Belgrano. Pagamos $100, em pesos. E ele ainda veio tendo aulas de espanhol com o
chofer. Valeu muito a pena!
Para quem chega à cidade, é importante que peguem o que eles
chamam aqui de Remise dentro do aeroporto, é um Táxi numerado vermelho.
Costumam ser mais caros, mas são mais seguros e não terão surpresas com
possíveis golpes.
Como já havia mencionado no post
A procura de um teto, optei
por alugar um apartamento mobiliado e fiz toda negociação pela internet,
diretamente com a proprietária. E tudo estava exatamente como vi nas fotos. A
Dona Silvia, a proprietária, nos recebeu muito bem. Mostrou todo funcionamento,
adorou nossos salsichas (ela é uma perreira), nos recebeu com medias lunas e andou pela vizinhança com a gente, indo até o supermercado do bairro,
um Carrefour, para fazermos as primeiras compras.
O apartamento é muito bom, luminoso, espaçoso, confortável e
fácil de manter. Estamos muito próximos de dois parques lindos. Temos apenas
casas muito boas nos rodeando. A primeira impressão que tivemos foi muito boa,
apesar do imenso calor que estava fazendo em Buenos Aires. O verão aqui é igualmente
rigoroso ao inverno e os argentinos não são fãs de ar condicionados. São o
inverso dos recifenses, que por viverem no calor, atocham o ar frio nos
ambientes fechados. Assim, os ar condicionados do apartamento, para nós,
pareciam não dar vencimento. Dois dias depois, com temperatura mais amena, até
dispensamos eles.
O bairro é totalmente residencial, com casas lindas, ruas
muito limpas, praças e parques muito
próximos. Em muitas esquinas estão cafés charmosos, restaurantes muito interessantes com preços variados. O apartamento fica há umas três quadras da Avenida del
Libertador, uma das principais vias da cidade.
Estou muito satisfeita com tudo que vi até o momento! E
vamos em frente que ainda tem muita coisa que aprender por aqui.
Hasta la vista!