De janeiro até o final março é justamente a melhor época para ir até Mendoza porque é neste período que acontece a vindima, que é a colheita das uvas, culminando com a Festa Nacional da la Vendímia, sempre no primeiro sábado de março. São os meses que a cidade fervilha com uma agenda de eventos intensa. Mas se não der para ser assim, não tem o menor problema porque em cada estação do ano a cidade oferece cenários e atrações distintas. Se no verão é possível fazer rafting e ver o melhor dos parreirais, no inverno é o momento de esquiar. E se as parreiras secam, o clima fica ótimo para beber e compensa tudo.
Lobby do Diplomatic |
Hospedagem
Eu fui em novembro, quando já estava começando o verão e as uvas estavam madurando. Fiquei muito bem instalada no Diplomatic, que é um dos melhores hotéis da área. É lindo, confortável, com um café da manhã, que para argentino, está acima da média. Falo isso porque só os hotéis brasileiros oferecem aquela fartura toda. Então, já vá balizando suas expectativas para não se decepcionar.
Os quartos confortabilíssimos, mas os serviços de Spa que o hotel oferecia eram inexistentes. Não havia profissionais suficientes para a demanda e foi impossível encontrar horário na agenda. Mas o pior foi a má vontade do concierge em passar informações – imperdoável para uma hospedagem dessa categoria. Um ponto positivo é que as principais vinícolas da região oferecem degustações no próprio hotel, além de ele estar super bem localizado.
Mesmo sem a ajuda do simpático e prestativo concierge, foi difícil escolher o que fazer em meio a tantas opções: calvadas, participar de uma aula de cozinha nas vinícolas, piquenique em meio aos parreirais, caminhada, passeios de bicicleta, rafting até passeio de balão tem. Decidi centrar no básico para não perder o foco e ter tempo de curtir o essencial do destino que é beber, comprar vinho e comer bem.
Eu fui em novembro, quando já estava começando o verão e as uvas estavam madurando. Fiquei muito bem instalada no Diplomatic, que é um dos melhores hotéis da área. É lindo, confortável, com um café da manhã, que para argentino, está acima da média. Falo isso porque só os hotéis brasileiros oferecem aquela fartura toda. Então, já vá balizando suas expectativas para não se decepcionar.
Os quartos confortabilíssimos, mas os serviços de Spa que o hotel oferecia eram inexistentes. Não havia profissionais suficientes para a demanda e foi impossível encontrar horário na agenda. Mas o pior foi a má vontade do concierge em passar informações – imperdoável para uma hospedagem dessa categoria. Um ponto positivo é que as principais vinícolas da região oferecem degustações no próprio hotel, além de ele estar super bem localizado.
Mesmo sem a ajuda do simpático e prestativo concierge, foi difícil escolher o que fazer em meio a tantas opções: calvadas, participar de uma aula de cozinha nas vinícolas, piquenique em meio aos parreirais, caminhada, passeios de bicicleta, rafting até passeio de balão tem. Decidi centrar no básico para não perder o foco e ter tempo de curtir o essencial do destino que é beber, comprar vinho e comer bem.
Paisagens desérticas |
Em busca do Aconcágua
Mas antes de cair de boca, separe um dia para fazer o passeio da Alta Montanha, que começa pela Ruta 52, antigo caminho utilizado pelo Exército Libertador para chegar ao Chile, por onde ingressamos na pré-Cordilheira e subimos até a fronteira entre os dois países. É um mergulho na aridez da paisagem medoncina, que tem como marco inicial as ruínas de um antigo portal, que indica o ponto onde o lendário General San Martín dividiu suas tropas para cruzar os Andes.
Mas antes de cair de boca, separe um dia para fazer o passeio da Alta Montanha, que começa pela Ruta 52, antigo caminho utilizado pelo Exército Libertador para chegar ao Chile, por onde ingressamos na pré-Cordilheira e subimos até a fronteira entre os dois países. É um mergulho na aridez da paisagem medoncina, que tem como marco inicial as ruínas de um antigo portal, que indica o ponto onde o lendário General San Martín dividiu suas tropas para cruzar os Andes.
Há opção de ir pela Ruta 7, que é toda asfaltada e, portanto, mais rápida. Mas o legal mesmo é ir pela 52 e voltar pela 7. Assim o passeio fica mais completo. A partir das ruínas começamos a subida até Villavicencio, pasando pelos “Caracoles”. São 365 curvas, beirando o precipício, até chegar 3 mil metros sobre o nível do mar.
No caminho nos encontramos com inúmeros guanacos, o primo irmão da lhama e vimos de perto o Hotel Villavicencio, que atualmente está fechado, mas sua fachada estampa as embalagens da água mineral mais famosa daqui, que leva o mesmo nome do lugar.
Los Caracoles, uma curva para cada dia do ano |
De lá, subimos até a cruz de paramillos, onde está um mirante que nos permite uma visão ampla da cordilheira dos Andes, com o Aconcágua despontando. É pura emoção vê-lo.
Vista das cordilheiras vista da pré-cordilheira |
O roteiro prossegue até o povoado de Uspallata, quando entramos de fato na cordilheira e subimos até atingirmos o povoado de Las Cuevas, na fronteira com o Chile, passando pelo túnel internacional. A rota acompanha o trajeto do Rio Mendoza.
Puente del Inca
Antes, porém, tem a Puente del Inca – um lugar impressionante, onde há muitos anos existia um hotel termas. Abaixo da ponte, uma formação rochosa natural, ainda se pode ver a termas, famosa por suas águas curativas com temperaturas de 34 a 38 graus centígrados. Já o hotel foi totalmente destruído por uma avalanche em 1965.
Puente del Inca
Antes, porém, tem a Puente del Inca – um lugar impressionante, onde há muitos anos existia um hotel termas. Abaixo da ponte, uma formação rochosa natural, ainda se pode ver a termas, famosa por suas águas curativas com temperaturas de 34 a 38 graus centígrados. Já o hotel foi totalmente destruído por uma avalanche em 1965.
A cor amarela do monumento se deve a alta concentração de enxofre da água, capaz de petrificar qualquer objeto que for deixado por algum tempo exposto. E vários desse objetos estão à venda nas barraquinhas de artesanato, de bonés a bolas. Curioso, mas uma tranqueira.
De lá o Aconcágua também nos acompanha quase todo o tempo e podemos vê-lo tão de perto que dá para entender o fascínio que esse colosso exerce sobre os montanhistas do mundo inteiro.
A volta é pela Rota 7, passando pelo Potrerillos, um grande dique, com uma paisagem deslumbrante, sucesso nas temporadas de inverno por suas instalações e proximidade dos centros de esqui. Todo passeio leva um dia inteiro e é bem cansativo, então não elabore programações noturnas que vá além de um bom jantar.
Se eu tivesse tido mais um dia de estadia, o teria reservado para ir até San Rafael e ver de perto o Cânion de Atuel e se fosse passar a semana, teria ido ao parque de águas termais também. Como não tinha, preferi gastar o resto do tempo e do dinheiro nas bodegas e restôs, mas essa deliciosa experiência eu dividirei com vocês no próximo post. Aguardem.
Vista do Aconcágua |
Panorâmica de Potrerillos |